Golf Pro Tour Magazine - Edição 02 - Dezembro 2020 - Flipbook - Page 57
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Não é mera coincidência que mestres nas artes cênicas, na dança, na pintura, na escultura, na cerâmica e ou
em qualquer outro tipo de arte tem o mesmo processo para alcançar a excelência. E nós observadores da
arte do golfe dos últimos 50 anos somos extremamente privilegiados, pois neste período tivemos o
surgimento de um grande volume de muitos mestres na arte. E talvez o maior de todos os tempos o Tiger
Woods, que além de sua maestria e excelência, elevou a arte do golfe a um patamar nunca antes vivenciado.
Se compararmos por um instante com o jogo de xadrez, hoje temos no PGA Tour, a maior quantidade de
grandes mestres, e ainda, uma nova geração lutando dia a dia para serem mestres na arte do golfe. E este
processo entra num circulo altamente virtuoso, quando olhamos para o grande número de jovens
amadores, que serão os aprendizes de mestres num futuro próximo, que estão num duro trabalho diário na
busca de excelência.
E como é um esporte de prática longeva, a cada dia temos mestres mais jovens, por isto poderemos ter
surpresas maiores nos próximos 50 anos, e me atrevo a dizer com o meu lado estatístico, que esta
ocorrência tem enorme probabilidade de ocorrer. Nos últimos 15 anos, este privilégio não é mais masculino,
uma vez que a globalização do golfe feminino trouxe um enorme exército de grandes jogadoras asiáticas,
que hoje dominam o LPGA TOUR. O Tour feminino se expandiu, se modernizou, elevou o nível de excelência,
aumentou e melhorou o nível dos patrocinadores, e por consequência aumentou muito os espectadores.
A arte do golfe com certeza caminha para se tornar melhor com o surgimento em breve de grandes mestras
no golfe feminino, pois elas já trouxeram muita beleza e charme para os campos, numa escala jamais vista
na historia do esporte. A conjugação da excelência técnica com beleza física, acoplada a beleza das
vestimentas e todo charme dessas excelentes jogadoras, trás um novo aspecto ao esporte.
Se você que esta lendo esta matéria e não é golsta ou ainda não se convenceu que o golfe é uma arte, pelas
exigências da técnica e da habilidade comentadas acima, vou levá-lo a reetir pelo lado da emoção. Pois o
golfe é antes de tudo, quando praticado socialmente, a arte do encontro com os amigos e entes queridos,
que se juntam em partidas semanais de mais de quatros horas. E seguem uma tradição secular de ir ao
buraco 19, o bar depois do jogo, que surge como o antídoto a qualquer diculdade ou um santuário de
alegrias, de histórias e piadas que fazem bem a alma. E neste momento de quase pós-pandemia que
vivemos este ano por longos 10 meses, poder ir ao buraco 19 de novo, é como tomar ares de benção divina.
Eu tenho um amigo que diz:
Viva o golfe!