Journal Potuguese Release - February 2024 - Flipbook - Page 101
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Como quero o meu jardim?
O que quero ver florescer?
Quais os potenciais desse meu jardim?
O que devo fazer para que ele fique como sonho?
Quais pessoas podem me ajudar nessa tarefa?
Quais são as minhas habilidades e competências para lidar com esse
desafio?
Quando posso começar a mexer nesse jardim?
Essas reflexões separam a pessoa do problema e contribuem para iniciar um
processo de conexão da pessoa com a versão preferida da sua história – o jardim
que ela sonha.
2) Escolher as Boas Sementes
Falando sobre jardins e jardineiros, Rubem Alves (1999) nos convida à seguinte
reflexão:
O que é que se encontra no início? O jardim ou o jardineiro? É o jardineiro.
Havendo um jardineiro, mais cedo ou mais tarde um jardim aparecerá.
Mas, havendo um jardim sem jardineiro, mais cedo ou mais tarde ele
desaparecerá. O que é um jardineiro? Uma pessoa cujo pensamento está
cheio de jardins. O que faz um jardim são os pensamentos do jardineiro. O
que faz um povo são os pensamentos daqueles que o compõem. (p. 24)
Depois de retirar as ervas daninhas, o solo revolvido, mas limpo, está pronto para
receber as sementes. E, se o jardim está na mente do jardineiro, nesse momento,
cabe ajudar na escolha das boas sementes: aqueles aspectos da vida que a pessoa
valoriza, considera importante e quer que estejam presentes em sua vida. Aquilo
que ela deseja plantar, ver crescer e que ative a noção de ‘boniteza’ e de
maravilhamento.
Além das perguntas do plano ético e moral (La Taille, 2006) – como quero o meu
jardim?, O que devo fazer para que ele seja dessa forma? – outras também
Jardinando Narrativas e Escrevivendo Histórias
Journal of Contemporary Narrative Therapy, February 2024 Release, www.journalnft.com, p. 92113.