Journal Potuguese Release - February 2024 - Flipbook - Page 19
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aqueles que temos “de olhos fechados”, como ela diz. Uma inovação de sua
parte.
Incentivo e Produção de Conhecimento
Um dos grandes entraves para a difusão do conhecimento advém das barreiras da
língua. As produções originárias da terapia narrativa foram publicadas em inglês e
depois em espanhol, desfavorecendo a inclusão de nossa comunidade de fala em
português. Assim, a publicação de dois livros traduzidos para o português,
(Morgan, 2007, Russell & Carey, 2007), foram de grande contribuição para
difundir a terapia narrativa no Brasil. Simples e bem didáticos, accessíveis,
pudemos introduzi-los nos nossos cursos de terapia familiar nos quais a terapia
narrativa já vinha sendo divulgada desde o começo dos anos 2000. Quando em
2012, tivemos a oportunidade de ter traduzido para o português o último livro
escrito por Michael White, Maps of Narrative Practice (White, 2007, 2012 em
português), a terapia narrativa se expandiu pelo Brasil, de norte a sul. É
importante ressaltar a importância da inclusão linguística, para a qual também já
haviam contribuído contribuíram as traduções pelo grupo Narrativa Brasil,
responsável pelas publicações em português dos livros de Morgan (2007) e Russel
e Carey (2007). Também impulsionaram a difusão das práticas, artigos de outros
terapeutas como Winslade (2017) e Madigan (2018), publicados em livros em
português organizados por mim (Marilene Grandesso). Tivemos que vencer as
barreiras da linguagem, não somente para ter acesso ao que vem sendo feito e
difundido em língua inglesa, mas para podermos difundir o que temos feito por
aqui, em outro idioma.
Dentre as nossas produções, temos escrito capítulos de livros e artigos para
nossas revistas mais afinadas com as propostas das práticas narrativas, como a
Nova Perspectiva Sistêmica. Desde o ano 2000, em que foi publicado um artigo
sobre uma terapia narrativa com criança, (Grandesso, 2000), temos publicados
trabalhos narrativos com crianças (Grandesso, 2000, 2012; 2018, Cesar, 2008);
com adolescentes (Lion, 2022, Lion et al, 2023); com doenças crônicas (Novis &
Abdalla, 2012); com pacientes portadores de doenças mentais (Laurentino, 2017);
com grupos de famílias (Almeida & Müller, 2014); sobre o uso de contos na
terapia narrativa (Novis, 2016) e projetos de co-pesquisa (Abdalla, 2020). Temos
ainda alguns artigos teóricos (Grandesso, 2011, Paschoal & Grandesso, 2014,
Editors’ Note
Journal of Contemporary Narrative Therapy, February 2024 Release
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