Journal Potuguese Release - February 2024 - Flipbook - Page 21
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práticas narrativas no Brasil. Essa foi uma prática adotada também por algumas
instituições tais como INTERFACI (São Paulo-SP), Reciclando Mentes (Rio de
Janeiro-RJ), Crescent (Vitória-ES). Ao longo deste artigo, procurei honrá-los
destacando algumas de suas contribuições. Conforme o desejo de White e Epston
(1992), nossa cultura da terapia narrativa brasileira tem conseguido manter o
espírito de aventura, e, acredito, temos conseguido enriquecer nossas vidas e as
vidas das pessoas que têm buscado a nossa ajuda.
Das primeiras ilhas de terapia narrativa em nosso país, construímos arquipélagos
e hoje podemos falar num continente que nos oferece uma plataforma de
sustentação para criarmos e seguirmos adiante, nos nossos mais de 20 anos
dedicados a aprender e praticar a terapia narrativa. Quero terminar ressaltando
que a terapia narrativa definiu uma nova identidade para os terapeutas que
abraçaram seus propósitos e se aventuraram a mergulhar numa nova concepção
de terapia. Uma prática que, muito além do mundo psi, nos permite indignar
contra as injustiças sociais e tomar uma posição contra os abusos de poder e
práticas de subjugação se identidades, relações e vidas. Mas, acima de tudo, a
terapia narrativa ajuda a manter acesa [...] “a chama da esperança que ilumina
nossas ações e alimenta a nossa crença de que novos e preferidos mundos serão
sempre possíveis, à luz de histórias preferidas e extraordinárias que toda pessoa
tem. Resta-nos apenas construir andaimes” (Grandesso, 2008, p. 117).
Editors’ Note
Journal of Contemporary Narrative Therapy, February 2024 Release
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